17 maio, 2006

Cotidianas

O tédio me adentra pelos poros, transformando a insatisfação em stress sem motivo. A saudade das amigas - daquelas de verdade, do dia-a-dia da faculdade - bate forte, e a enrolação pra marcar um encontro que realmente aconteça contribui para o nervosismo. A saudade das amigas que estão perto mas que eu não deixo adentrar meu mundo também me incomoda. Queria não ser tão fechada, tão na minha, tão assim.

Apesar de a prancha estar de volta, consertada, meus cachinhos continuam firmes e fortes. Porque eu gosto, porque só a passo quando é uma ocasião especialésima - de extrema alegria ou extrema baixa auto-estima. As unhas estão sem o devido cuidado, o que demonstra um período de quietude, de semi-deprê, introspecção, escuridão ou algo assim.

A academia vai bem, obrigada, completando 3 semanas por agora. Transpirando muito e emagrecendo pouco, se conseguir manter durante 3 meses, será tempo recorde.

Tenho aprendido que uma noitada com 'amigos-da-noite' - vulgos 'companhia pra balada' - pode ser muito boa mas não supre a necessidade do ombro amigo no dia seguinte, seja pra desabafar, seja pra contar algum acontecimento sem sentido, seja só pra recostar e manter o silêncio que explica toda a situação.

Tenho torcido pra que as aulas voltem logo, pra que eu entre logo na correria e na rotina do dia-a-dia da faculdade, pra que eu possa fugir então de todos esses pensamentos que ameaçam me assombrar. E torcido também pra que nesse semestre eu realmente cumpra a promessa de estudar mais e de tomar a decisão de largar ou continuar de vez com o curso.

Tenho gostado de um semi-conhecido (ou será um semi-desconhecido?) platonicamente e devido à timidez, à falta de coragem, e a outros fatores, ainda não dei o primeiro passo.

Tenho me escondido um pouco - orkut, msn, essas coisas. Não sei do quê, não sei por quê. Apenas sinto essa necessidade.

A vontade é de ter uma vida só minha. Sozinha. Um apartamento só meu, uma geladeira só minha, uma televisão e um controle só meus, só meu, só meu. E só. Só a minha responsabilidade, só a minha solidão, só a minha presença, só a minha ausência. Só os meus pensamentos, só as minhas dúvidas, só o meu computador, só, tudo só. Só apenas. Pode ser por um mês. Uma semana. Um dia, que seja. Mas eu sei que não se pode viver só.

A fazer:

- doar sangue
- assistir 'A era do gelo II', 'V de Vingança', 'A máquina'(quando estrear aqui no interiorzão)
- locar 'O jardineiro fiel' e assistir uma, duas, três e mais vezes
- ser mais paciente
- ser mais compreensiva
- não ser reprovada no meu segundo teste de direção
- não ser tão impulsiva
- não tomar nenhuma decisão idiota quando tiver bebido
- desplatonizar (me declarando ou esquecendo de vez)
- matar a saudade das amigas