Dia-a-dia de Medusa
A chuva já passou por aqui
Eu mesma fiz questão de secar
(...)
Quem foi que te ensinou a rezar
(...)
Meu coração já se cansou de falsidade
O ego - mesmo sem ter começado a tão especulada academia - vai bem, obrigada. Quando ameaça baixar a um nível consideravelmente perigoso, basta apelar à maquiagem, salto alto, rebolado e olhar 43. Mas o engraçado – ou nem tão engraçado assim – é que não é suficiente. Nem nunca foi.
Estrela, estrela, como ser assim
Brilhar, brilhar, quase sem querer
Deixar, deixar ser o que se é
O trabalho cansa, mas dignifica. Ok, nem tanto, mas pelo menos paga a faculdade e a van no final do mês, com direito ainda a um [humilde] bônus para ser gasto sem necessidade de satisfação a terceiros. O tempo é escasso, os dias parecem ter apenas 12 horas, e as noites dormidas lembram os cochilos tirados depois do almoço. Quase não tenho visto minha família - é estranho sentir falta de alguém que mora com você
Não quero lhe falar meu grande amor
As músicas já não têm mais sido escutadas com tanta freqüência. E quando o são, surgem aquelas suaves lembranças, acompanhadas por uma leve melancolia. Nada que mate ou sufoque. Apenas incomoda.
Vou pra beira do mar esperar o sol....
O sol... o sol...
A vida social anda jogada às traças. Talvez por isso tantos pensamentos, vagos, indecisos e cambaleantes, trombem entre si, formando esse emaranhado de dúvidas-e-sentimentos-e-não seis-e-por-aí-vai.
Acho que preciso de um porre. Urgentemente.