Asas
Preciso de um sonho. E rápido.
"Quero outra vez um par de asas. Mesmo que de papelão." (Caio F.)
Esperança. Ainda que pueril, ainda que incertamente ilusória, ainda que. Se desfaça, se quebre, se perca. Já valeu. À pena. O risco. Sim, valeu.
Foi um domingo tão claro, tão doce, tão sutil e suave, tão leve leve leve... e justamente por isso conseguiu marcar tanto. Carrego comigo hoje a leveza, a doce leveza, tão insustentável e tão vertiginosa, e ao mesmo tempo tão indutiva e tentadora, que ao mesmo tempo por mim parecia inalcançável.
"Há um excesso de cores e de formas pelo mundo. E tudo vibra" (Caio F. Abreu)
Sim, vibra. E corre. E voa, e paira no ar. E as arestas estão aos poucos sendo aparadas. As coisas se enchem mais de contornos mansos, ao invés de quinas cortantes e sombrias.
É. É bom saber que posso sentir de novo.