20 dezembro, 2005

dois mil e cinco

Sobre 2005:

Se tivesse que definir este ano em apenas uma palavra, escolheria

SURPRESA

[Lembremos que há boas e ruins]. Ano ruim, do começo ao fim. [a rima não foi intencional]. Muitas coisas ruins. Perdas, com as quais não sei lidar (será que um dia eu consigo?), mas com as quais sempre aprendemos [odeio ter que aprender com erros. Seria tão mais fácil se aprendêssemos apenas com teorias, não?]: perdas de pessoas que gostava, perda de um amor (lado positivo: ganhei mais amor próprio. Tá, talvez até demais, mas tudo bem), perda de vontades, e por aí vai... Momentos deprê mais fortes e intensos. Incertezas (mas aí parei pra pensar... a única certeza que eu ou qualquer pessoa pode ter é de que um dia tudo isso chega ao fim... então...). Mas também tive momentos ótimos. Momentos em que passei a estar feliz sem ninguém (isso foi novidade e motivo de alegria pra mim), o que se traduziu em festas, risadas, e muitas baladas maravilhosamente, como nunca antes, aproveitadas. Saudades, risadas, dores, sorrisos amarelos, lágrimas e alegrias. De tudo. Um ano super eclético.

Mas vejamos o lado bom...

1) Quer queira ou não, sempre aprendemos com os erros. Isso é fato, e não é passível de discussão. Encostar o dedo no fogo nos ensina que ele sempre queimará, se colocar o dedo em algo pontiagudo, ensina que se cortará, se enfiar o dedo na tomada (não você não se chocará), ensina que você vai tomar choque, e por aí vai... [caramba, só consigo pensar em exemplo com dedos! que coisa!]
2) Depois da tempestade sempre vem a calmaria. Ou a bonança. Ou seja lá o que for. Eu nunca uso a frase "nada poderia ser pior" por que sempre há um jeito de ser pior (acredite, SEMPRE). Mas creio que após um ano tão decadente, 2006 me reserva boas surpresas. Ao menos estou começando a plantar para isso.

Que todos tenham [clichê a caminho] um Feliz Natal [DIN-GON-BÉU], repleto de festas familiares até meio chatas, porém, cheias de comidas deliciosas, muito refrigerante (eu, pelo menos, não bebo na frente do meu pai) e aquelas comidas das quais você se empanturra, come até não aguentar mais, se arrepende no outro dia por ter comido tanto, mas que se voltasse no tempo, comeria tudo novamente. Que seja cheio de presentes (ah, vai dizer que você não gosta de ganhar presentes? Mentira! Humpf!) mas que haja pelo menos uma pessoa presente que te transmita amor, não apenas nesse dia de natal, mas em todos os dias do ano.

E que a virada do ano seja também legal, repleta de coisas legais, alegrias, champagne, tequila, risadas, coca-cola, pensamentos positivos, aperitivos gostosos e mais gargalhadas, daquelas altas, que nos fazem fechar os olhos e até perder o fôlego. *TIM-TIM*

Sobre o dia de hoje:

Desvio padrão. PMT. VPL. Mí. Planilha financeira. Quadrimestral, anual, mensal, semestral. Variância. Eu vou ficar doida.

18 dezembro, 2005

Todo carnaval tem seu fim

Engraçado como tudo tem que chegar ao fim. Mais engraçado ainda quando, por mais que saibamos que o fim está próximo, ajamos como se ainda estivéssemos no início, e o fim... ah, o fim está longe, longe...

Acredito que se tivéssemos a data do fim, aproveitaríamos muito mais cada momento, cada segundo, cada suspiro, cada sorriso, cada ação, cada passo, cada olhar, cada palavra, cada pensamento. [Será?] Infelizmente não é assim. E é por isso que estamos sempre ouvindo a famosa frase "aproveite cada momento como se fosse o último". Um dia ele chega, claro. Mas por mais que saibamos que ele está próximo, somos pêgos de surpresa. Não dá pra ensaiar uma reação.


"Por favor, moço. Me fala, me diz... onde é que eu compro aquela coisinha que dá pra fazer a gente voltar no tempo?"


Ficará na memória. Sempre.


"Tristeza não tem fim, felicidade sim" [pelo menos por agora]

"..."

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."
(Chico Xavier)


E cá estou eu, traçando planos para mudar meu caminho. Estou começando agora, pois quero sim, um novo fim. Dúvidas? Sempre estarão comigo. Mas agora sinto-me mais forte pra combatê-las. Certezas? Assim que tiver alguma, surgirão no mínimo, o dobro de dúvidas. Portanto, não me preocupo mais em alcançá-las tão depressa. Hoje, ao invés de um ponto de interrogação, coloco um sorriso no rosto ao pensar no que está por vir. E que venha.

14 dezembro, 2005

Pensando em bobeira

[Sem malícia]

Hoje deu vontade de comer só bobeira. Muito chocolate, pizza, algodão doce, coca-cola, hot-dog, bala, chiclete, ruffles, doritos, pirulito, sorvete e queijo.

Vontade de viajar pra algum lugar diferente. Em que eu possa ver o céu sem enxergar prédios, antenas, nada...

Vontade de ter meu próprio espaço, meu próprio tempo, de achar meu caminho.

Cheia de vontades!

[a lua por sinal estava perfeita hoje!]


"(...) se eu peco é na vontade
de ter um amor de verdade.
Pois é que assim, em ti, eu me atirei
e fui te encontrar pra ver
que eu me enganei.
Depois de ter vivido o óbvio utópico - te beijar (...)"

13 dezembro, 2005

E agora, José?

Tenho que tomar uma atitude. Sei qual atitude tomar. Mas falta coragem. Prefiria ter que machucar apenas a mim mesma.

[snif]

09 dezembro, 2005

Dúvida

Como saber se o caminho que segui é o certo?

06 dezembro, 2005

É...

Serena. Nem alegre, nem triste. Pensativa. Com vontade de exagerar como sempre. Porém estou calada.

Pensa, pensa, pensa...

às vezes gostaria de poder descansar de mim mesma. Apertar um pause nos pensamentos tresloucados, imaginar apenas uma tela branca. Mas sempre que tento isso, logo já me vejo com um pincel em mãos e milhares de cores.

"Sonhará uns amores quase impossíveis? Digo-lhe que faz mal, que é melhor contentar-se com a realidade...se ela não é brilhante como nos sonhos, tem pelo menos a vantagem de existir." (Machado de Assis)

03 dezembro, 2005

Relatos de uma Ex-menina boazinha

Hoje eu não fui eu. Durante quatro anos fui apenas uma, servil, fraca. Não que eu tenha mudado da água para o vinho. Depois destes quatro anos, quase um já se passou. Sem escravismo, mas também, sem liberdade. E hoje eu me permiti – sem arrependimento nenhum – ser má e infantil. Aumentei o tom de voz, gritando(*) com toda a força que havia reprimido durante os malditos quatro anos. Não que restem apenas más lembranças. Mas elas superam as boas, e estas por sua vez, foram conseguidas com muito esforço, humilhações, e falta total de orgulho de minha parte.
(*)com a tecla CAPS LOCK, pois o cenário disso tudo foi uma tela aberta do MSN.

Sim, fui tola. Mas precisava tirar da garganta algo que estava aqui há 4 anos. Se já havia saído do coração, porque ainda insistia em ficar cravado aqui na garganta? A hora de dizer basta já havia passado, mas corri atrás dela e recuperei o tempo perdido. E por mais que hoje eu tenha sido boba, infantil, má, “sem-educaçona”, aah, não me arrependo! Pois passei o peso que carregava em minhas costas – sem necessidade nenhuma – para quem realmente devia se preocupar com ele, mas que talvez nem soubesse que ele ainda existia.

Se vai durar, não sei. Se vou conseguir deixar de ser orgulhosa, não sei. Se serei capaz de amar novamente da mesma forma que amei, sem orgulho, sem medo, com vontade, me entregando por inteira, sem pensar em mim, também não sei. Mas vontade não falta.

As marcas das feridas permanecerão pra sempre. Mas agora paira no ar a mesma leveza, a mesma calma, que há tempos eu não conseguia sentir. Espero que ela dure mais que apenas algumas horas. While this, vou tentando aproveitar cada minuto de liberdade que agora me cerca. Afinal, não sei quanto tempo esse minuto irá durar.

..::Post ao som de Can’t take my eyes off of you – Lauryn Hill; Nando Reis e os Infernais – Por onde andei::..